Reforma de pastagem ajuda a aumentar os ganhos com o rebanho
Reforma de pastagem ajuda a aumentar os ganhos com o rebanho quando aplicada com planejamento técnico e manejo adequado do solo. Produtores que investem em correção de solo, adubação e integração lavoura-pecuária garantem alimento de qualidade ao gado durante todo o ano, elevando a produtividade do gado e reduzindo custos com suplementação.

Neste artigo você aprenderá os benefícios econômicos e zootécnicos da reforma de pastagem, um passo a passo prático para implantar a reforma, melhores práticas de manejo e os erros mais comuns a evitar. Adote uma mentalidade de ação – planeje uma análise de solo e elabore um cronograma de reformas na sua propriedade.
Benefícios e vantagens da reforma de pastagem
A reforma de pastagem ajuda a aumentar os ganhos com o rebanho por meio de efeitos diretos sobre a qualidade do volumoso e o desempenho animal. Entre os principais benefícios:
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- Alimento de qualidade o ano inteiro – pastagens bem manejadas produzem forragem nutritiva mesmo na estação seca.
- Maior ganho de peso e conversão – capins densos e com boa composição nutricional elevam a taxa de ganho de peso diário.
- Redução de custos com suplementação – menor necessidade de concentrados e silagem quando o pasto é produtivo.
- Maior lotação e produtividade do sistema – pastagens vigorosas suportam maior lotação sem degradação.
- Melhor integração lavoura-pecuária – consórcios com milho para silagem permitem rotação e proteção do capim, aumentando a resiliência da propriedade.
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Exemplo prático: em propriedades de Araçatuba e Buritama (SP), a combinação de preparo de solo, plantio conjunto de milho e capim e correção de solo permitiu manter o pasto ativo mesmo na seca, beneficiando 350 a 2.000 cabeças de gado.
Como realizar a reforma de pastagem – passo a passo
Uma reforma bem-sucedida exige sequência técnica. Abaixo um roteiro prático e aplicável em propriedades de pequeno a grande porte.
1. Diagnóstico e análise de solo
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- Coletar amostras por talhão para análise química (pH, P, K, Ca, Mg, Al, CTC).
- Identificar presença de pragas, erosão e espécies invasoras.
- Elaborar relatório técnico com recomendações de calagem e adubação.
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2. Correção de solo e calagem
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- Aplicar calcário conforme recomendação – objetivo: elevar o pH e reduzir alumínio trocável.
- Incorporar fósforo e micro e macronutrientes conforme cultura do capim escolhido.
- Usar corretivos e inoculantes (microrganismos fixadores de nitrogênio) quando indicado.
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3. Preparo do solo e plantio
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- Preparo adequado do leito de semeadura para garantir boa germinação.
- Planejar integração lavoura-pecuária: semear milho consorciado com capim para proteger a plântula e gerar silagem.
- Escolher sementes certificadas e espécies adaptadas ao solo e clima – considerar consórcios com leguminosas para aporte de N.
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4. Manejo pós-implantação
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- Realizar adubações complementares de cobertura conforme análise de solo e produção esperada.
- Implementar rotação de pastoreio e descanso de áreas – evitar sobrepastejo.
- Controlar invasoras por capina, rotação ou herbicidas específicos quando necessário.
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Melhores práticas para maximizar produtividade
Adotar práticas consolidadas de manejo aumenta a eficiência da reforma e a longevidade da pastagem.
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- Planejamento anual – implementar calendário de calagem, adubação, ressemeadura e cortes para silagem.
- Rotação e descanso – utilizar parcelas de pastejo rotacionado para manter rebrote vigoroso.
- Integração lavoura-pecuária – consorciar milho e capim para gerar silagem e proteger o capim até o pastejo, ampliando o período de disponibilidade de forragem.
- Uso de legumes e inoculantes – inserir gramíneas com leguminosas ou aplicar microrganismos fixadores para aumentar teor protéico do pasto.
- Monitoramento constante – avaliação visual da estrutura do capim, análises de forragem e de solo periódicas.
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Tip prático: quando o milho forma silagem e o capim consorciado fica protegido, a área reúne forragem para o cocho e para o pastejo subsequente, garantindo alimentação contínua.
Erros comuns a evitar na reforma de pastagem
A reforma de pastagem exige atenção para não comprometer resultados e investimentos. Evite os seguintes erros:
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- Ignorar análise de solo – sem diagnóstico correto, calagem e adubação ficam ineficazes.
- Selecionar sementes inadequadas – espécie fora de adaptação climática/edáfica reduz produtividade.
- Sobregrazar as áreas recém-implantadas – pisoteio excessivo e pastejo precoce matam plântulas.
- Negligenciar controle de invasoras – ervas daninhas competem por luz e nutrientes e degradam o pasto.
- Falta de planejamento da integração – sem cronograma, a intercalação lavoura-pecuária perde eficiência.
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Exemplo de erro evitado: produtores que aplicam calagem insuficiente notam que o alumínio continua limitando a disponibilidade de nutrientes, enquanto calagem correta promove brotação rápida e capins densos.
Recomendações técnicas e ações imediatas
Para resultados rápidos e sustentáveis, siga estas recomendações:
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- Realize análise de solo a cada 2 a 3 anos e antes de qualquer reforma.
- Calagem conforme necessidade – planeje aplicação em época adequada para incorporação e reação química.
- Consorcie culturas – pratique integração lavoura-pecuária para produzir silagem e proteger o pasto.
- Invista em sementes de qualidade e em práticas de semeadura que garantam densidade e uniformidade.
- Implemente manejo de pastejo – ajuste taxa de lotação e períodos de descanso conforme dinâmica de rebrote.
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Perguntas frequentes (FAQ)
1. Qual é o custo médio da reforma de pastagem e o prazo para retorno do investimento?
O custo varia conforme escala, necessidade de corretivos e tipo de semente. Em média, reformas completas podem ter custo inicial relevante, porém o retorno costuma ocorrer em 1 a 3 safras, dependendo do aumento na produtividade do gado, redução de concentrados e maior lotação. Projetos com integração lavoura-pecuária frequentemente apresentam retorno mais rápido por gerar silagem e proteger o capim.
2. Com que frequência devo fazer a reforma de pastagem?
A periodicidade depende do grau de degradação e das práticas de manejo. Pastos bem manejados podem precisar apenas de ressemeadura e adubação de reposição a cada 3 a 5 anos; pastos degradados costumam exigir reforma completa. Fazer análise de solo a cada 2 a 3 anos orienta a necessidade.
3. Que espécies devo escolher para a reforma de pastagem?
Escolha espécies adaptadas à região e ao tipo de produção. Gramíneas tropicais como braquiária, mombaça e tifton são comuns; incorporar leguminosas melhora proteína e fertilidade. A seleção deve considerar clima, solo, destino da produção (pastoreio ou fenação) e integração com culturas anuais como milho.
4. A calagem é sempre necessária? Qual a função da correção de solo?
A calagem é indicada quando o pH está abaixo do ideal para a espécie cultivada. A correção de solo com calcário neutraliza acidez, reduz toxicidade por alumínio e melhora disponibilidade de cálcio e magnésio. Isso permite resposta positiva à adubação fosfatada e à ação de microrganismos fixadores de nitrogênio.
5. Como a integração lavoura-pecuária contribui para a reforma de pastagem?
A integração lavoura-pecuária permite consorciar milho e capim, gerando silagem e protegendo o capim jovem. Essa prática melhora a ciclagem de nutrientes, reduz risco de falha na oferta de forragem e amplia a janela de produção, garantindo alimento contínuo e valorizando o investimento da reforma.
6. Posso usar microrganismos para melhorar a pastagem?
Sim. Inoculantes e microrganismos que fixam nitrogênio podem aumentar disponibilidade de N em sistemas com leguminosas, melhorando teor protéico e produtividade. A combinação de correção de solo, adubação e inoculação é eficaz para manter o pasto ativo mesmo em períodos secos.
Conclusão
Reforma de pastagem ajuda a aumentar os ganhos com o rebanho quando integrada a um programa técnico de correção de solo, adubação, escolha de espécies e manejo adequado de pastejo. Principais conclusões:
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- Solo saudável é a base – análise e calagem são imprescindíveis.
- Integração lavoura-pecuária amplia oferta de forragem e protege o capim.
- Manejo de pastejo e monitoramento prolongam a vida útil da pastagem e aumentam a produtividade do gado.
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Próximo passo: agende uma análise de solo e elabore um plano de reforma alinhado com seu calendário de produção. Procure assistência técnica especializada para dimensionar cálcio, fósforo e inoculantes e para definir o sistema de integração mais adequado. Investir na reforma é garantir ganhos sustentáveis e mensuráveis para o rebanho e para a propriedade.
Fonte Original
Este artigo foi baseado em informações de: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/nosso-campo/noticia/2025/11/30/reforma-de-pastagem-ajuda-a-aumentar-os-ganhos-com-o-rebanho.ghtml




